quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A libertação do povo de Israel

Não há outro caminho a tomar para o livramento das pessoas que estão presas ao Egito espiritual, senão a manifestação do poder de Deus

Trecho do livro "Aliança com Deus", do bispo Edir Macedo / Foto: Thinkstock

"Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me também a mim.
Os egípcios apertavam com o povo, apressando-se em lançá-los fora da terra, pois diziam: Todos morreremos. O povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em trouxas com seus vestidos, sobre os ombros.
Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas.
E o Senhor fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios." Êxodo 12.31-36
A lição mais importante na libertação do povo de Israel do Egito é que não há outro caminho a tomar para o livramento das pessoas que estão presas ao Egito espiritual, senão a manifestação do poder de Deus. De fato, o Faraó já tinha visto muitos sinais do poder de Deus, incluindo a transformação do cajado de Moisés em serpente e mais dez sinais da autoridade suprema de Deus, quando da retirada das pragas, incluindo a destruição das serpentes dos mágicos egípcios pela serpente de Moisés.
Mesmo assim, o seu coração se manteve inalterado, até que, na última praga, não houve volta ou recuperação dos primogênitos mortos. Justamente aí o Faraó não resistiu à pressão do poder de Deus e, contrariando o seu próprio coração, teve que permitir a saída dos hebreus.
Temos a mesmíssima situação nos dias atuais: há pessoas querendo largar definitivamente a vida de escravidão em que vivem, mas existem faraós que não permitem. É nesse caso que as pragas são necessárias sobre os faraós deste mundo.
Os filhos de Deus têm de encontrar favor da parte de Deus para despojar os filhos do diabo, para que todos saibam que o Senhor nosso Deus não é como os deuses deste mundo. Ele mesmo disse: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve." Malaquias 3.18
Ora, por que esperarmos a "outra vez"? É certo que Deus quer manifestar a Sua grande glória e poder neste mundo imediatamente, porém Ele depende de pessoas que não tenham medo de errar, de arriscar, de agir, de lutar e de conquistar!
Quando manifestamos a certeza e cobramos o que Deus tem prometido, Ele corresponde à nossa oração! Deus é Espírito e a palavra “espírito”, no original, dá idéia de vento, sopro, fôlego. A definição, tanto de vento, como de sopro ou fôlego, é o ar em movimento. Se nós, cristãos, temos o Espírito de Deus, se isso é realmente uma verdade assumida e crida de todo o coração, se realmente acreditamos nisso com todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento, quer dizer que nós temos o Ar de Deus em movimento dentro de nós!
O Sopro de Deus, o Fôlego de Deus e o Vento de Deus é o Espírito de Deus em ação através dos Seus filhos! E esse Vento dentro de nós não pode ser abafado, seguro ou amarrado! Como pode alguém segurar o vento? É isso possível? É claro que não!
Deus colocou o Seu Vento dentro de nós da mesma forma quando formou o homem do pó da terra e soprou nas suas narinas o fôlego da vida, e ele manifestou o sinal de vida. Gênesis 2.7
No Vale de Ossos Secos aconteceu também o sopro de Deus, fazendo tornar à existência as multidões de cadáveres que antes eram apenas ossos secos. Ezequiel 37.9
Quando o Senhor Jesus apareceu aos discípulos, que até então eram covardes e estavam a portas fechadas reunidos com medo dos judeus, mudou logo aquela situação soprando o Seu Espírito sobre eles. A partir daí, o medo sumiu e eles passaram a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus para todo o povo, sem receio de serem aprisionados ou mortos. João 20.19
A descida do Espírito Santo sobre as muitas pessoas no dia de Pentecostes aconteceu quando elas estavam reunidas no mesmo lugar, e de repente veio um som, como de um vento impetuoso e encheu toda a casa onde estavam assentadas (Atos 2.2). É como a mulher grávida: carrega o seu filho no ventre durante nove meses e não pode descansar colocando-o à parte. Não! Quer esteja dormindo, tomando banho, trabalhando... a criança está bem lá dentro dela! E na hora de nascer também não pode segurá-la, ou prendê-la; tem que se esforçar para colocá-la para fora!
Deus tem estado dentro do verdadeiro cristão como um vento, movimentando-o, quer para um lado, quer para o outro, mas sempre se movimentando! Como pode alguém, com Deus dentro de si, ficar parado! É impossível! O Senhor Jesus disse: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito." João 3.8
Quando o cristão é verdadeiro, o Vento o carrega para onde quer... Então ele se movimenta, age e se agita dentro de si mesmo, produzindo algo grande para a glória de Deus, porque é nascido de Deus e tem as características de Deus.
A verdade é que, infelizmente, a Igreja do Senhor Jesus está tão afogada nas diversas doutrinas, tanto nas da Bíblia quanto nas filosofias deste mundo, que não tem tempo e nem condições de ouvir a voz do Dirigente dela, para saber o que fazer com o que tem recebido de Deus.
Quantos pregadores têm estudado a fundo a mensagem que vão apresentar ao povo no próximo domingo? Eles não estão nem aí para saber o que as pessoas precisam ouvir. Pelo contrário, estudam a mensagem que acham que devem pregar, e quando chega o domingo, o Espírito Santo tem de sentar também junto ao povo, para ouvir o que aquele "servo" tem a falar! Isso produz uma igreja pobre da direção do Espírito Santo, mas muito rica da direção do pastor...
As consequências dessa direção são as mais trágicas possíveis, a começar pelo próprio corpo da igreja, que tem muita informação a respeito da Bíblia Sagrada, mas nenhuma experiência com o Autor dela. As pessoas são muito bem informadas, porém a sua formação cristã é a mesma de outrora.
Ou seja, pertenciam a uma religião qualquer, e, quando conheceram aquela igreja, resolveram mudar de religião ou de credo, porque o ministro daquela denominação é fantástico na colocação das palavras, as pessoas que lá frequentam são da alta sociedade, importantes, inteligentes e sempre estão na moda – o que é muito apreciável para aqueles que não têm nada de Deus. Então, é muito bom fazer parte daquela congregação. Essas mesmas pessoas jamais experimentaram o sabor da presença de Deus em suas vidas, tendo apenas conhecimento de doutrinas, filosofias, mandamentos, obrigações, etc.
O povo de Israel estava gemendo no Egito, mas não creu de imediato que Moisés tinha sido chamado para libertá-lo daquela escravidão. Moisés precisou mostrar sinais diante dos anciãos do povo para que pudessem crer nas suas palavras, mas mesmo assim, mais tarde, eles vieram a se rebelar contra Moisés e sobretudo contra Deus.
Da mesma forma, o povo judeu não creu no Senhor Jesus como o Verdadeiro Messias, ainda que Ele tivesse manifestado o Seu poder glorioso diante de seus olhos, porque a doutrina do povo era cegante e o impedia de ver. Além de não crer nos Seus feitos, ainda O matou.
Muitos religiosos do século XXI, que se dizem cristãos, também não creem em milagres de cura ou libertação, porque as suas doutrinas ensinam que o tempo de milagres já passou, como se Deus estivesse limitado pelo tempo. Esse também tem sido o procedimento com aqueles que procuram levar um Evangelho puro, simples e sincero aos que buscam a luz; chegam até a se unir com os filhos declarados do diabo para perseguir os filhos de Deus.
O mundo de hoje está profundamente preso às garras dos faraós da doutrina, e as dez pragas que vieram sobre o Egito seriam insuficientes para libertar o mundo desses faraós.

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Trecho do livro "Aliança com Deus", do bispo Edir Macedo / Foto: Thinkstock
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