Não há outro caminho a tomar para o livramento das pessoas que estão presas ao Egito espiritual, senão a manifestação do poder de Deus
"Então, naquela mesma noite, Faraó
chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu
povo, tanto vós como os filhos de Israel; ide, servi ao Senhor, como
tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como
tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me também a mim.
Os egípcios apertavam com o povo,
apressando-se em lançá-los fora da terra, pois diziam: Todos morreremos.
O povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras
atadas em trouxas com seus vestidos, sobre os ombros.
Fizeram, pois, os filhos de Israel
conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata, e
objetos de ouro, e roupas.
E o Senhor fez que seu povo
encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam
o que pediam. E despojaram os egípcios." Êxodo 12.31-36
A lição mais importante na libertação do
povo de Israel do Egito é que não há outro caminho a tomar para o
livramento das pessoas que estão presas ao Egito espiritual, senão a
manifestação do poder de Deus. De fato, o Faraó já tinha visto muitos
sinais do poder de Deus, incluindo a transformação do cajado de Moisés
em serpente e mais dez sinais da autoridade suprema de Deus, quando da
retirada das pragas, incluindo a destruição das serpentes dos mágicos
egípcios pela serpente de Moisés.
Mesmo assim, o seu coração se manteve
inalterado, até que, na última praga, não houve volta ou recuperação dos
primogênitos mortos. Justamente aí o Faraó não resistiu à pressão do
poder de Deus e, contrariando o seu próprio coração, teve que permitir a
saída dos hebreus.
Temos a mesmíssima situação nos dias
atuais: há pessoas querendo largar definitivamente a vida de escravidão
em que vivem, mas existem faraós que não permitem. É nesse caso que as
pragas são necessárias sobre os faraós deste mundo.
Os filhos de Deus têm de encontrar favor
da parte de Deus para despojar os filhos do diabo, para que todos
saibam que o Senhor nosso Deus não é como os deuses deste mundo. Ele
mesmo disse: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve." Malaquias 3.18
Ora, por que esperarmos a "outra vez"? É
certo que Deus quer manifestar a Sua grande glória e poder neste mundo
imediatamente, porém Ele depende de pessoas que não tenham medo de
errar, de arriscar, de agir, de lutar e de conquistar!
Quando manifestamos a certeza e cobramos
o que Deus tem prometido, Ele corresponde à nossa oração! Deus é
Espírito e a palavra “espírito”, no original, dá idéia de vento, sopro,
fôlego. A definição, tanto de vento, como de sopro ou fôlego, é o ar em
movimento. Se nós, cristãos, temos o Espírito de Deus, se isso é
realmente uma verdade assumida e crida de todo o coração, se realmente
acreditamos nisso com todas as nossas forças e de todo o nosso
entendimento, quer dizer que nós temos o Ar de Deus em movimento dentro
de nós!
O Sopro de Deus, o Fôlego de Deus e o
Vento de Deus é o Espírito de Deus em ação através dos Seus filhos! E
esse Vento dentro de nós não pode ser abafado, seguro ou amarrado! Como
pode alguém segurar o vento? É isso possível? É claro que não!
Deus colocou o Seu Vento dentro de nós
da mesma forma quando formou o homem do pó da terra e soprou nas suas
narinas o fôlego da vida, e ele manifestou o sinal de vida. Gênesis 2.7
No Vale de Ossos Secos aconteceu também o
sopro de Deus, fazendo tornar à existência as multidões de cadáveres
que antes eram apenas ossos secos. Ezequiel 37.9
Quando o Senhor Jesus apareceu aos
discípulos, que até então eram covardes e estavam a portas fechadas
reunidos com medo dos judeus, mudou logo aquela situação soprando o Seu
Espírito sobre eles. A partir daí, o medo sumiu e eles passaram a
testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus para todo o povo, sem receio
de serem aprisionados ou mortos. João 20.19
A descida do Espírito Santo sobre as
muitas pessoas no dia de Pentecostes aconteceu quando elas estavam
reunidas no mesmo lugar, e de repente veio um som, como de um vento
impetuoso e encheu toda a casa onde estavam assentadas (Atos 2.2). É
como a mulher grávida: carrega o seu filho no ventre durante nove meses e
não pode descansar colocando-o à parte. Não! Quer esteja dormindo,
tomando banho, trabalhando... a criança está bem lá dentro dela! E na
hora de nascer também não pode segurá-la, ou prendê-la; tem que se
esforçar para colocá-la para fora!
Deus tem estado dentro do verdadeiro
cristão como um vento, movimentando-o, quer para um lado, quer para o
outro, mas sempre se movimentando! Como pode alguém, com Deus dentro de
si, ficar parado! É impossível! O Senhor Jesus disse: "O vento sopra
onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai;
assim é todo o que é nascido do Espírito." João 3.8
Quando o cristão é verdadeiro, o Vento o
carrega para onde quer... Então ele se movimenta, age e se agita dentro
de si mesmo, produzindo algo grande para a glória de Deus, porque é
nascido de Deus e tem as características de Deus.
A verdade é que, infelizmente, a Igreja
do Senhor Jesus está tão afogada nas diversas doutrinas, tanto nas da
Bíblia quanto nas filosofias deste mundo, que não tem tempo e nem
condições de ouvir a voz do Dirigente dela, para saber o que fazer com o
que tem recebido de Deus.
Quantos pregadores têm estudado a fundo a
mensagem que vão apresentar ao povo no próximo domingo? Eles não estão
nem aí para saber o que as pessoas precisam ouvir. Pelo contrário,
estudam a mensagem que acham que devem pregar, e quando chega o domingo,
o Espírito Santo tem de sentar também junto ao povo, para ouvir o que
aquele "servo" tem a falar! Isso produz uma igreja pobre da direção do
Espírito Santo, mas muito rica da direção do pastor...
As consequências dessa direção são as
mais trágicas possíveis, a começar pelo próprio corpo da igreja, que tem
muita informação a respeito da Bíblia Sagrada, mas nenhuma experiência
com o Autor dela. As pessoas são muito bem informadas, porém a sua
formação cristã é a mesma de outrora.
Ou seja, pertenciam a uma religião
qualquer, e, quando conheceram aquela igreja, resolveram mudar de
religião ou de credo, porque o ministro daquela denominação é fantástico
na colocação das palavras, as pessoas que lá frequentam são da alta
sociedade, importantes, inteligentes e sempre estão na moda – o que é
muito apreciável para aqueles que não têm nada de Deus. Então, é muito
bom fazer parte daquela congregação. Essas mesmas pessoas jamais
experimentaram o sabor da presença de Deus em suas vidas, tendo apenas
conhecimento de doutrinas, filosofias, mandamentos, obrigações, etc.
O povo de Israel estava gemendo no
Egito, mas não creu de imediato que Moisés tinha sido chamado para
libertá-lo daquela escravidão. Moisés precisou mostrar sinais diante dos
anciãos do povo para que pudessem crer nas suas palavras, mas mesmo
assim, mais tarde, eles vieram a se rebelar contra Moisés e sobretudo
contra Deus.
Da mesma forma, o povo judeu não creu no
Senhor Jesus como o Verdadeiro Messias, ainda que Ele tivesse
manifestado o Seu poder glorioso diante de seus olhos, porque a doutrina
do povo era cegante e o impedia de ver. Além de não crer nos Seus
feitos, ainda O matou.
Muitos religiosos do século XXI, que se
dizem cristãos, também não creem em milagres de cura ou libertação,
porque as suas doutrinas ensinam que o tempo de milagres já passou, como
se Deus estivesse limitado pelo tempo. Esse também tem sido o
procedimento com aqueles que procuram levar um Evangelho puro, simples e
sincero aos que buscam a luz; chegam até a se unir com os filhos
declarados do diabo para perseguir os filhos de Deus.
O mundo de hoje está profundamente preso
às garras dos faraós da doutrina, e as dez pragas que vieram sobre o
Egito seriam insuficientes para libertar o mundo desses faraós.
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